Amar é, Também, Proporcionar a Independência do Outro

“A águia e seus filhotes”

    Uma águia construiu seu ninho, com todo cuidado, bem no alto de um rochedo.

    A princípio ela utilizou gravetos grossos, a fim de garantir uma estrutura capaz de suportar ventos fortes; depois, ela forrou-o  com suas próprias penas para que ficasse aconchegante e quentinho.

    Após serem chocados por algumas semanas, os ovos eclodiram, dando origem a três filhotes muito famintos.

    Todas as manhãs a águia-mãe saía para buscar alimentos para as avezinhas que cresciam e se enchiam de penas.

Certo dia, a águia percebeu que estava na época dos filhotes saírem do ninho exercitar a habilidade de voar.

Mas apesar de as avezinhas estarem prontas para isso, resistiam à ideia; ninguém queria deixar o conforto do ninho.

Percebendo a acomodação, e até certo medo nos filhotes, a águia-mãe começou a retirar todas as penas que forravam o ninho, a fim de gerar um desconforto no local e induzir as aguiazinhas a voarem.

Como, ainda, ninguém manifestava a iniciativa de voar, a águia resolveu empurrar um filhote para fora do ninho, observando-o cair do alto do rochedo para baixo;  e, antes deste tocar o chão, ela voou ao seu encontro, passando por debaixo dele, deixando-o pousar sobre suas costas.

Fez isso com os três filhotes durante algumas semanas, até que estes exercitaram suas asas o suficiente para sentirem-se seguros e voarem sozinhos.

Agora sua missão estava concluída.

Do alto do rochedo, podia observá-los voando independeres. Estavam prontos para realizar suas próprias conquistas.

Essa história faz parte do Livro ” A TERAPIA DAS HISTÓRIAS” Dra. Maria Salette.

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