Quanto Tempo Me Resta, Doutor ?
Uma senhora que há muito tempo se encontrava doente resolveu ir ao médico, sozinha, a fim de pedir-lhe que fosse honesto no prognóstico e falasse, exatamente, o que ela tinha e o quanto lhe restava de vida.
A sua família procurava sempre animá-la dizendo que a cura era questão de tempo, mas no intimo ela sentia que estavam lhe escondendo algo.
Naquela manhã ela acordou decidida a conversar com o médico, sem interferência de nenhum parente. Ao chegar ao consultório, pediu ao especialista explicações detalhadas sobre a sua enfermidade e a possibilidade de cura.
– Infelizmente a senhora desenvolve uma doença incurável – disse o profissional constrangido. – Não há esperança para cura, porém, com os remédios, a senhora pode viver de dez a quinze meses com uma boa qualidade de vida.
A mulher não se mostrou muito surpresa, pois, no seu intimo, já esperava escutar tais palavras, e agradeceu o médico pela sinceridade, saiu do consultório se dirigindo a um grande parque próximo dali.
Precisava organizar as ideias, pensar no que fizera durante toda a vida e também naquilo que deixou de fazer. Depois de andar por algumas horas e meditar sobre tudo que estava acontecendo, ela voltou para casa, reuniu a família e contou já saber que lhe restava pouco tempo de vida.
O marido e a filha a abraçaram entre lágrimas e ela, com semblante tranquilo, lhes disse:
– Estive pensando sobre toda essa situação e tomei uma decisão: a partir de hoje viverei um dia de cada vez….Deterei minha atenção apenas em situações que me transmitam paz e alegria. Também vou me esforçar por fazer, diariamente, pelos menos uma boa ação e procurarei todas as pessoas de quem tenho mágoas a fim de viver a experiência do perdão. Não darei atenção para a doença, nem para as ideias negativas. Esta é uma nova etapa na minha vida e creio que, também, na vida de vocês.
A partir daquele dia, mesmo com dificuldades, ninguém mais comentava sobre a doença ou qualquer coisa ruim. Naquela casa, ouviu-se mais música, mais risos, e houve mais portas e janelas abertas. A mulher procurou os amigos que há tempo não via, pedindo perdão para aqueles que tinha magoado e demonstrando gratidão aos que sempre estiveram ao seu lado.
Todos os dias saía para usufruir mais do contato com a natureza e praticar atos de bondade e gentileza.
Assim, passaram-se alguns meses e também o prazo que o médico lhe deu de vida.
Depois de dois anos, sentindo-se muito bem, ela resolveu voltar ao médico, e para sua surpresa, a doença havia regredido bastante, torando-se latente, sem mais se manifestar. Diante da nova situação, o profissional exclamou sorridente:
– Nunca ocorreu um casso de regressão desse tipo de patologia, porém, não sei como, a senhora conseguiu vencê-la. O que lhe aconteceu ?
– A última vez que estive aqui me fez refletir sobre o quanto perdemos tempo com as situações negativas. Isso me fez mudar o pensamento e o estilo de vida e, a partir daí, decidi só valorizar os bons momentos da vida. Creio que este seja o melhor remédio que o senhor pode receitar para os seus pacientes.
E abraçou o médico. Voltou para a casa a fim de comunicar a boa-nova à sua família.
Ela continuou vivendo naquele novo estilo de vida, pois bem sabia que havia sido essa mudança que a salvara.
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Essa história faz parte do Livro ” A TERAPIA DAS HISTÓRIAS” Dra. Maria Salette.
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