“Vegetarianismo e o Meio Ambiente”

30/03/2017
Por: Gabi

Ser vegetariano está cada vez mais presente, hoje em dia todos conhecem algum vegetariano ou frequentam restaurantes com opções vegetarianas. Essa é uma escolha de alimentação que vai muito além da melhora na saúde, ela envolve melhora no meio ambiente e no nosso planeta. Acho que rótulos criam muitas barreiras, você não precisa ser vegetariano ou vegano, isso não faz de você um ser humano mais saudável ou melhor. Independente do seu estilo alimentar, você tem que saber que o que você come influencia diretamente na saúde do planeta e reavaliar seu consumo, apenas reduzindo o consumo de carne bovina na semana, você já fará diferença!

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 Se você não faz ideia do que eu estou falando, leia o texto abaixo escrito pela Sociedade Vegetariana Brasileira, especificando nosso consumo perante o meio ambiente. Além disso, sugiro que você assista alguns documentários que mostram a destruição que o consumo de carne vêm causando: Cowspiracy, A carne é fraca, Terráqueos, Food INC, Paredes de Vidro e Fast Food Nation. Antes de me informar eu não fazia ideia de como uma simples escolha diária podia influenciar o meio ambiente. Veja alguns pontos:

Água

 Nossos esforços cotidianos para reduzir o uso de água em casa e no trabalho são importantes, mas tornam-se quase insignificantes comparados à eliminação da carne do cardápio, uma vez que são utilizados entre 10 e 20 mil litros de água para produzir apenas 1 Kg de carne bovina. Outros tipos de carne e produtos animais também requerem um aporte de água muito superior ao de alimentos vegetarianos.

Devido ao uso intensivo de água na cadeia de produção de carnes, um típico e bem-nutrido consumidor de carne demanda indiretamente mais de 3.800 litros de água a cada dia (U.S. Department of State, 2011).

As granjas industriais também geram grande poluição de água devido ao despejo dos dejetos de bilhões de animais em corpos d’água (Pew Commission, 2008). Há milhares de granjas industriais no Brasil e, segundo dados do governo dos EUA, “uma granja com uma grande população de animais pode facilmente igualar-se a uma pequena cidade em termos de produção de dejetos” (EPA, 2004).

Estas granjas tipicamente borrifam dejetos minimamente tratados ou não-tratados nos campos, potencialmente contaminando a água, o solo e o ar (Pew Commission, 2008). Dejetos de granjas industriais, em geral, contêm, entre outros contaminantes, resíduos de antibióticos que estão contidos na alimentação de engorda dos animais. Estes resíduos, assim, terminam excretados no meio ambiente e já foram recorrentemente encontrados como contaminantes de água subterrânea, superficial e encanada (FAO/ONU, 2006).

Segundo a ONU, o setor da pecuária é provavelmente a maior fonte setorial de poluição de água, contribuindo para eutrofização de ecossistemas aquáticos, “zonas mortas” em áreas costeiras, degradação de recifes de corais, problemas de saúde humana e de emergência de resistência a antibióticos, entre outros impactos (FAO/ONU, 2006).

 

Mudanças climáticas

Produzir 1 quilograma de carne bovina no Brasil envolve a emissão de 335 Kg de CO2, equivalentes às emissões geradas ao dirigir-se um carro médio por 1.600 Km (Schmidinger K, Stehfest E, 2012). Considerando todas as emissões da cadeia, desde os cultivos que viram ração animal até o transporte e varejo da carne processada, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que o setor pecuário é responsável por 14,5% das emissões de gases do efeito estufa globais oriundas de atividades humanas (FAO/ONU, 2013).

Por estas razões, são muito expressivos os impactos positivos da alimentação vegetariana – também em termos da contribuição para mudanças climáticas. Um estudo indicou que o impacto positivo de tirar a carne do prato apenas um dia por semana é maior do que o impacto de que comprar 100% da sua comida com fornecedores locais (Weber CL, Matthews HS. 2008).

Desmatamento

 A pecuária é responsável pela maior parte do desmatamento na Amazônia Legal (Governo Federal, 2009). Desde os anos 1970, em particular, o Brasil tem sofrido extensivo desmatamento em sua região amazônica para a pecuária (Barona E, Ramankutty N, Hyman G, Coomes OT, 2010). 80% de todo o crescimento do rebanho bovino brasileiro ocorrido entre 1990 e 2002 deu-se na Amazônia (Kaimowitz D, Mertens B, Wunder S, Pacheco P, 2004).

 Aproximadamente 70% da terra desmatada da Amazônia é usada como pasto, e uma grande parte do restante é coberta por plantações cultivadas para produção de ração (FAO/ONU, 2006).

Para agravar ainda mais as consequências do desmatamento no Brasil, é a supressão da floresta amazônica a maior fonte de emissões de CO2 do país (Morton DC, DeFries RS, Shimabukuro YE, et al, 2006).

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Ineficiência na produção de alimentos

A produção de alimentos através da atividade pecuária resulta em grande desperdício de alimentos, utilizando de maneira ineficiente grandes extensões de terra para produzir grãos que serão usados para alimentar não pessoas, mas animais que serão engordados e abatidos.

Para se ter uma ideia, para cada 1 quilograma de carne bovina que é produzido, são requeridos de 5 a 10 quilogramas de alimentos vegetais – uma taxa de conversão alimentar muito desfavorável, representando um desperdício de área plantada e de alimentos vegetais que poderiam ser melhor utilizados (FAO/ONU, 2012). Por consumir mais insumos vegetais (em geral, produzidos em monoculturas de larga escala), a alimentação à base de carne implica em consumo maior de fertilizantes, terra, agrotóxicos, água e recursos em geral.

Por todas estas razões, a adoção do vegetarianismo tem o potencial de reduzir em até 35% a Pegada Ecológica relacionada a alimentos de um cidadão residente na cidade de São Paulo (WWF, 2012).

 

Fonte: www.thebluebalance.com/single-post/2017/03/30/Vegetarianismo-e-o-Meio-Ambiente e SVB

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