“O Terremoto”
Uma aldeia, situada num vale muito bonito, foi atingida por um terremoto.
Os habitantes nunca tinham passado por tal experiência.
Embora não tivesse vítimas fatais, muitas casas haviam rachaduras e as pessoas ficaram com muito medo do fenômeno se repetir; então foram consultar um geólogo que morava próximo da região.
– Uma coisa horrível aconteceu! – disse o representante da comunidade da aldeia. Fomos atingidos por um terremoto e estamos desesperados.
Depois de escutar o desabafo daquelas pessoas, o geólogo explicou
– De vez em quando, lá dentro da terra, existem diferenças que precisam ser ajustada; uma camada se choca com outra a fim de diminuir as lacunas entre elas, proporcionando assim, uma maior estabilidade no solo. Isso provoca ruído e tremor.
O representante comunitário,que escutava atentamente, pediu maiores explicações.
– Mas por que fazem tanto barulho e tremor?
– A princípio, um choque pode causar ruído e estremecimento – continuou o geólogo – mas isso não deve ser interpretado como algo negativo; é como se fosse a voz da terra falando que está procurando ajustar aquilo que está desorganizado dentro dela.
– Estamos com medo, pois o barulho é grande – completou um dos habitantes da aldeia atingida pelo abalo.
– Se suas casas tiverem uma boa base não precisam se preocupar, só caíra aquilo que estiver podre ou mal construído – concluiu o especialista, que continuou explicando:
– Na vida existem, também, algumas situações que podem ser encaradas como um terremoto. Acontecem de uma hora para outra, e causam barulho e agitação; entretanto, depois que elas passam, nos deixam mais fortes. Tudo que está podre deve cair para ser reconstruído. Nem todo barulho é ruim.
Depois de escutarem as palavras do geólogo, as pessoas voltaram diferentes para a aldeia; além de ficarem mais calma em relação ao fenômeno geológico, aprenderam uma nova maneira de interpretar suas próprias dificuldades pessoais.
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Essa história faz parte do Livro “A TERAPIA DAS HISTÓRIAS’ Dra. Maria Salette.
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