Um Antropólogo no Xingu
Um antropólogo que estudava a vida dos índios conheceu, em uma de suas viagens, uma tribo do Alto Xingu, onde passou por algum tempo observando os costumes daquela gente.
Certo dia, acordou com uma música suave que a tribo cantava ao redor de uma criança nascida naquela madrugada.
Ao indagar sobre a melodia, foi informado de que aquela canção havia sido composta pelos pais da criança como um presente para ela e que seria usada em todos momentos significativos da sua vida.
O antropólogo pôde observar que realmente a música acompanhava os membros da comunidade, sendo cantada em datas festivas.
Em aniversários, maioridade, casamentos, competições esportivas, ela era usada para incentivar, dar força ou comemorar os momentos significativos de cada um, virando assim uma espécie de identidade ou marca registrada.
Ela, também, era usada nas ocasiões em que um índio se desviava de seus valores, cometendo delitos, como uma forma de chamá-lo de volta para suas origens.
Um dia o pesquisador observou uma índia sentada à beira do rio, cantando a mesma canção, insistentemente. Ele se aproximou dela e indagou:
– Essa é sua música favorita?
– Não – respondeu a mulher com os olhos cheios de lágrimas -, esta é a música de meu filho…Estou cantando para que ele nunca se esqueça suas origens, pois irá passar um tempo fora da tribo.
Depois de conversar por mias alguns minutos com aquela mulher, o antropólogo ficou sabendo que o rapaz iria estudar na cidade onde cursaria uma faculdade, a fim de ajudar melhor o seu povo.
Entendendo a importância da música para a vida daquela gente, o pesquisador procurou o cacique e pediu que fizesse uma canção para ele.
Depois de alguns dias, quando o antropólogo participava de uma competição esportiva com outros índios da tribo, no momento de exaustão, que pensava em desistir, o cacique começou a cantar uma bela canção, sinalizando que aquela era a sua música. Uma canção de esperança.
Ele ficou tão emocionado que recuperou as forças físicas e conseguiu chegar ao término da maratona.
Era o sentido que a música tinha na vida de cada índio: servir de motivação para superar obstáculos.
No dia em que o antropólogo se despediu da tribo, os índios se reuniram em torno dele para cantar sua canção. Foi algo emocionante e que ele nunca mais esqueceu.
Aquela melodia começou a fazer parte da sua identidade, servindo-lhe como alavanca nos momentos de cansaço e desmotivação por algum motivo.
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